26 de julho de 2012

Mistérios

Encontras uma porta destrancada na casa desconhecida em que acordaste. Tentas perceber o que vai para lá da fechadura e após sentires que está tudo calmo, abres essa porta. Ficas quieto, deixas que os olhos se fechem sobre o escuro que está na sala ‘’do outro lado de lá’’. Sentes o cheiro com mais intensidade. É um cheiro suave, é um cheiro familiar. Abres os olhos, avanças com um dos pés, reticente do que esteja por vir. O cheiro cada vez é mais activo. Não consegues ver um palmo à tua frente.
Já com os dois pés dentro daquela sala desconhecida, paras, ficas imóvel sobre o soalho que rangeu. Tentas encontrar um interruptor, mas simplesmente apercebes-te que é em vão após várias tentativas falhadas.
És tu, o escuro e uma porta, que estava destrancada e que a decidiste abrir. És tu, um cheiro conhecido e dois passos que deste em prol do incógnito. És tu, uma sala escura à tua frente e um corredor às claras atrás de ti.
Perspectivas à parte, duas sortes diferentes.

Sem comentários:

Enviar um comentário