17 de outubro de 2012

Às vezes...


Às vezes, o diferente torna-se no mais comum possível... As certezas tornam-se incertas e voam com o temporal. As ideias ficam lavadas com a chuva e tudo é mais confuso ainda… As ausências passam a falar o dialeto da mentira e a verdade cai no esquecimento. Às vezes, o Sol esconde-se e o elemento Terra fica inundado de tristeza. O próprio chão, fica sem apoio. Não há qualquer pilar que o sustente, não há qualquer devaneio que o faça sentir-se sólido. Não há forma de medir a profundidade da escuridão que habita neste poço. Sem resgate possível, a luz apaga-se à medida em que as horas passam. Obscuridade. Ignorância. Medo.
As seguranças acabam, derrubam-se as paredes. O partir em rumo do desconhecido. A escolha de direção. E volta tudo à estaca ‘’zero’’. Há um recomeço. Construir, ou tentar pelo menos... Acreditar que mais cedo ou mais tarde, a vontade vai gerar frutos e desses frutos, sairá sumo. Doce sumo esse, cada vez mais doce, a cada fruto espremido. Experienciar tudo de novo… Olhares, cheiros, observar movimentos. Acaba por ser tudo (novamente) saudável. Acaba por ser tudo (novamente) sem controlo. Sentimentos.
Às vezes não se trata dos atos pessoais, mas sim dos que os demais tomam. Refletida ou irrefletidamente. São atos derivados de algo que gerou mudança.
Ponto!


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